O cego sente falta das cores?
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Categoria: dalton
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Atualização: Quinta, 14 Janeiro 2010 19:37
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Autor: Dalton Sponholz
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O cego de nascença pode sentir a falta das cores? Uso esta metáfora pra questionar as tantas coisas que devo estar deixando de perseguir e os caminhos que me recuso a mudar apenas por não ter a menor noção, não ter nenhuma referência de uma alternativa melhor. Penso na quantidade de anos que passei sem comer palmito. Desde criança dizendo que não gosto de palmito, fui experimentá-lo pela primeira vez quando tinha vinte anos de idade. Foram vinte anos sem comer aquele negócio delicioso, nem em pizza. Fechar-se ao novo, à experimentação, é prejuízo certo. Além do problema de que não é possível ter a certeza de que jamais se acordará um dia para a realidade de que se deixou de aproveitar algo muito bom e que já não dará tempo agora de viver aquilo que já foi, a sensação do escuro deixa claro (hum, gostei do paradoxo!) que alguma coisa está faltando, e estar fechado num plano conhecido obriga a se conviver com o buraco da falta.
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Esta é a sua opinião!
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Categoria: dalton
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Atualização: Domingo, 14 Março 2010 01:23
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Autor: Dalton Sponholz
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Minha prima Líriam (se eu apresentá-la como a jornalista e Dra. Líriam Sponholz vão ver logo que sou a ovelha negra da família, é a segunda prima doutora que cito por aqui...), politizada que é, conta que assistiu uma acalorada (e divertida) mesa redonda na TV Bandeirantes uma vez na qual um sujeito (deputado Alberto Goldmann) era interrompido várias vezes por outro que, indignado com o que ouvia sobre o tema em debate, só dizia "essa é a sua opinião! essa é a sua opinião!". Em determinado momento, já de saco cheio com as interrupções nervosas do oponente, o político que não conseguia concluir o discurso respondeu ao chato: -- é claro que é a minha opinião! Queria que eu desse a opinião de quem? A sua?!
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