A Aldeia Numaboa ancestral ainda está disponível para visitação. É a versão mais antiga da Aldeia que eu não quis simplesmente descartar depois de mais de 10 milhões de pageviews. Como diz a Sirley, nossa cozinheira e filósofa de plantão: "Misericórdia, ai que dó!"

Se você tiver curiosidade, o endereço é numaboa.net.br.

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Protocolos de Comunicação para leigos

Dom

5

Nov

2006


20:02

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Sucessores do Telégrafo

Teclado Baudot
Teclado Baudot

O Código de Baudot foi muito utilizado na telegrafia com a vantagem de só precisar de dois estados: a presença (ponto) e a ausência (traço) de voltagem, diferentemente do Código de Morse que necessitava de 4 estados. Além disso, foi criado um teclado para o Código de Baudot, o que facilitou muito a transmissão das mensagens pelos operadores. Este teclado era como um piano de cinco teclas (hmmmm... 5 bits, 5 teclas): usando cinco dedos o operador combinava "facilmente" as teclas para obter o código desejado.

O grande mérito de Baudot foi ter criado um código que serviu de base para todos os códigos amplamente usados na comunicação internacional de imprensa e metereologia. Ainda hoje, devido à facilidade de se obter equipamentos baseados em Baudot, este código é muito difundido entre os radioamadores.

Os sucessores diretos do telégrafo (telex, teleimpressora e teletipo), a tecnologia eletromecânica e o código alfabético de 5 bits continuaram a ser utilizados sem alterações significativas. O ponto e o traço foram substituídos por orifícios numa tira de papel: buracos grandes para os pontos (binário 1) e buracos menores para o traço (binário 0). A sincronização entre as estações emissoras e receptoras foi obtida através de dois sinais adicionais, um no início do elemento e outro no final. Convencionou-se que o bit de "início" fosse um traço e que o bit de "fim" fosse um ponto. Desta forma, a base do código foi expandida para 7 bits.

De acordo com esta nova regra, a letra "A" passou a ser transmitida da seguinte forma:

"A" em 5 bits "A" em 7 bits
— — — • •
— — — • •

A estrutura de 7 bits tornou possível a automação da transmissão de dados e o uso de tiras de papel perfuradas possibilitou o armazenamento e a facilidade de reenviar mensagens.

Foi assim que Baudot plantou a semente para se chegar aos códigos de computadores e ao atual código ASCII. O caminho percorrido está cheio de surpresas...

O Código de Murray e o ITA#2

Entre 1899 e 1901, o australiano Donald Murray desenvolveu um sistema automático de telegrafia utilizando o que ele encontrou de melhor no Código de Baudot. Transformou o teclado tipo "piano" de Baudot num teclado mais "moderno", tipo teclado de máquina de escrever, que gerava os códigos desejados. O operador não precisava mais se preocupar com pontos e traços.

A Western Union Telegraph Company adquiriu os direitos norte-americanos sobre o Código de Murray. Alterou alguns símbolos e utilizou o código até 1950. O Código de Murray, modificado pela Western Union, foi adotado pelo CCITT (International Telegraph and Telephone Consultative Committee) em 1930 como Código ITA#2. Todos os teletipos/teleimpressoras usaram o ITA#2 ou sua versão norte-americana.

FIELDATA

O FIELDATA foi usado entre 1957 e 1960 como parte do sistema de comunicações do exército americano. Não era apenas um código, era uma estrutura para "troca de informações" que incluía especificações elétricas e adaptadores para compatibilizar periféricos (teletipos, etc) e computadores FIELDATA, como o MOBIDIC da Sylvania, o BASICPAC e o LOGICPAC da Philco.

O FIELDATA incorporou pela primeira vez o conceito de "códigos de controle": o sétimo bit, denominado de "tag", determinava a tabela ativa: 1 para a tabela alfabética e 0 para a tabela chamada supervisora (supervisory).

ASCII-1963

O ASCII, American Standart Code for Information Interchange - Código Padrão Americano para Troca de Informações - foi estabelecido graças ao esforço conjugado do comitê X3.4 da ASA (American Standart Association) e da indústria americana de computadores e comunicação de dados. Participaram a IBM, a AT&T e sua subsidiária Teletype Corporation.

O ASCII-1963, antes conhecido como padrão ASA X3.4-1967 (depois USASA, e mais tarde ANSI), faz parte de uma série de padrões; outros especificam como armazenar ASCII em cartões perfurados, fitas magnéticas e como manipular erros.

ASCII-1967

O novo código ASCII, assim como o de 1963, é um código de 7 bits com 128 caracteres (muitas vezes afirma-se erroneamente que seja um código de 8 bits). Em termos de código, este é o estágio atual. Isto é muito tempo para um protocolo de 7 bits e um código amplamente aceito - mais de 30 anos!

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