Informática Numaboa - Tutoriais e Programação
A linguagem Assembly
Sab 25 Abr 2009 15:51 |
- Detalhes
- Categoria: Assembly Numaboa (antigo oiciliS)
- Atualização: Domingo, 26 Abril 2009 18:00
- Autor: vovó Vicki
- Acessos: 49637
Assembly é uma linguagem de programação e uma linguagem de programação serve para fazer programas. Os programas são escritos em forma de texto. Usando um editor de texto criamos o chamado código fonte. Este código fonte é transformado pelo compilador e pelo linker num programa executável.
Muitas vezes ouvimos "linguagem assembler". É um erro muito difundido. Na realidade, Assembly é o nome da linguagem e assembler é um programa capaz de compilar código fonte em arquivos objeto.
A linguagem Assembly é considerada de baixo nível. Isto não significa que seja menos importante ou eficiente que uma linguagem chamada de alto nível - são apenas modos diferentes de se programar e níveis diferentes de atuação. O que posso dizer é que, com uma linguagem de baixo nível como a Assembly, você pilota diretamente a CPU do seu computador - nada de intermediários.
Uma das características da Assembly é que cada linha do código fonte possui apenas uma instrução para o processador (CPU). Por exemplo, MOV EAX,EDX irá MOVer o conteúdo do registrador EDX para o registrador EAX. Neste caso, a instrução "MOV" é chamada de mnemônico. Os mnemônicos são os "apelidos" das instruções, mais fáceis de guardar na memória do que seu valor hexadecimal ou seu valor binário exigido pelo processador. De mnemônico em mnemônico podemos escrever nosso código fonte e fazer com que o processador faça exatamente o que queremos, sem firulas ou perda de tempo. O resultado é um programa enxuto, rápido e altamente eficiente. Tome coragem! Experimente programar em Assembly!
Os componentes da linguagem Assembly
Os componentes da linguagem Assembly são basicamente as instruções para o processador. Ignorando as instruções que não podem ser utilizadas pelo sistema operacional Windows, assembly condicional, macros, ponto flutuante, MMX e instruções de 64 bits, os componentes da linguagem Assembly podem ser divididos nas seguintes categorias:
- Instruções de registradores
- Instruções de pilha
- Instruções de execução
- Instruções de memória
- Instruções de flag
- Declarações de memória
- Diretivas para o assembler
- Comentários
- Instruções para o sistema operacional (Windows)
Instruções de registradores
Estas instruções transferem dados ou realizam cálculos utilizando os registradores de 32 bits da CPU. Existem seis registradores de uso geral chamados de EAX, EBX, ECX, EDX, ESI e EDI. Exemplos deste tipo de instrução são:
Instruções de pilha
A pilha é uma área de memória reservada pelo sistema operacional como área de arquivamento temporário para cada programa que estiver rodando. São exemplos deste tipo de instrução:
Instruções de execução
Estas instruções desviam o processador para que execute código a partir de um ponto que não seja a próxima linha de execução. São exemplos:
Instruções de memória
Estas instruções lêem ou escrevem em áreas de memória que não sejam da pilha. Normalmente estas áreas estão na seção de dados do próprio executável ou podem ser alocadas pelo sistema operacional em tempo de execução. São exemplos:
Instruções de flag
As principais flags usadas são a Z (flag zero), C (flag carry), S (flag de sinal) e D (flag de direção). A maioria das instruções alteram as flags automaticamente para mostrarem o resultado da instrução. Existem determinadas instruções que podem ser usadas para alterar o valor das flags manualmente:
Declarações de memória
O sistema operacional reserva memória para o executável quando ele é executado. Declarações são feitas para reservar memória na seção de dados ou na seção de constantes se os dados devem ser inicializados, isto é, devem receber um valor. Se forem dados não inicializados, a área de dados pode ficar reservada na seção de dados não inicializados. Isto não toma espaço algum no arquivo executável, por que um espaço de memória é alocado para este tipo de dado quando o executável é iniciado pela primeira vez.
Seguem exemplos de como a memória é declarada, o que pode variar de acordo com o assembler utilizado:
Diretivas para o assembler
São instruções que orientam onde o Assembler deve colocar o código fonte que as segue. O Assembler marca a seção de código como apenas para leitura e executável; as seções de dados definidos e indefinidos como leitura/escrita. Veja alguns exemplos (que podem variar de acordo com o assembler):
Comentários
Após ponto e vírgula, o texto é ignorado até a próxima quebra de linha. Desta forma é possível associar descrições e explicações ao código fonte, as quais serão ignoradas pelo assembler.
Instruções para o sistema operacional
Proporcionam ao programador o acesso a uma grande variedade de funções. No caso do sistema operacional Windows, proporcionam acesso à API. Veja os exemplos abaixo: