Informática Numaboa - Tutoriais e Programação
Janela Numaboíssima (masm)
Qui 16 Abr 2009 00:00 |
- Detalhes
- Categoria: Assembly Numaboa (antigo oiciliS)
- Atualização: Domingo, 21 Junho 2009 18:46
- Autor: vovó Vicki
- Acessos: 11436
Neste tutorial vamos sair do feijão com arroz da janela retangular do Windows e criar um visual totalmente novo. Para criar um gráfico que servirá de pele (skin) para a nossa janela, vamos finalmente programar "de verdade" em assembly.
Os mnemônicos utilizados neste tutorial são os de uso mais frequente - é bom a gente começar a se acostumar com eles. Caso você não saiba quais são, dê uma chegadinha na Oficina de Informática e leia o tutorial Curso Relâmpago de Assembly.
Mais sobre o contexto de dispositivo
Uma das principais características da API do Windows é a sua independência de dispositivos - os aplicativos win32 podem desenhar e imprimir numa grande variedade deles. O software que dá apoio a essa independência são duas DLLs: a GDI.DLL (Graphics Device Interface - interface de dispositivos gráficos) e um driver de dispositivo (device driver). O driver é próprio do dispositivo usado pelo aplicativo. Por exemplo, se o aplicativo for desenhar na área cliente da sua janela num monitor VGA, a biblioteca usada será a VGA.DLL; se for desenhar numa impressora, será SuaImpressora.DLL.
O aplicativo precisa indicar para a GDI qual driver deve ser carregado e, depois de carregado, precisa preparar o dispositivo para a operação de desenho: escolher a espessura e a cor das linhas, o padrão e a cor do pincel, a fonte, a região de corte, etc. Estas tarefas são efetuadas através de um contexto de dispositivo.
Um contexto de dispositivo é uma estrutura que define um conjunto de objetos gráficos e seus respectivos atributos, além dos modos gráficos que afetam a saída. Para as operações de desenho e pintura, os objetos gráficos incluem uma caneta para desenhar linhas, um pincel para pintar e preencher, um bitmap para copiar ou fazer a rolagem de porções da tela, uma paleta para definir o conjunto de cores disponíveis, uma região para cortes e outras operações e um caminho. Diferentemente de outras estruturas win32, um aplicativo nunca pode acessar diretamente um contexto de dispositivo - sempre atua indiretamente sobre a estrutura através de chamadas a diversas funções.
Os contextos de dispositivo de memória
Neste tutorial o interesse maior é nos contextos de dispositivo de memória. Estes contextos armazenam imagens do tipo bitmap para um dispositivo em particular. O formato de cor para o bitmap criado é compatível com o dispositivo associado, por isto este tipo de contexto de dispositivo também é conhecido como contexto de contexto compatível.
O bitmap original num contexto de dispositivo de memória é apenas marcador e sua dimensão é de 1 x 1 pixel. Para que um aplicativo possa começar a desenhar, primeiro é preciso selecionar um objeto bitmap para o contexto, indicando as dimensões (largura e altura) apropriadas. Só depois disto é que o aplicativo pode começar a usar o contexto para armazenar imagens. É coisa do tipo "abrir o buraco" para depois "plantar" o gráfico. Não confunda objeto bitmap (o buraco) com a imagem gráfica (a planta).
Quando um aplicativo cria um contexto de dispositivo, o Windows lhe atribui automaticamente um conjunto de objetos padrão (caneta, pincel, paleta, região). Só não existe como padrão um bitmap e um caminho (para formas geométricas). Um aplicativo também pode criar um novo objeto e incluí-lo no contexto de dispositivo.
Os tipos de contexto de dispositivo existentes são: display (pintura em vídeo), printer (pintura em impressora), memory (operações de pintura em bitmaps) e information (dispositivos de dados).
Um pouco sobre bitmaps
A tradução literal de Bitmap é mapa de bits, ou seja, a cor de cada pixel é identificada por um conjunto de bits. O conjunto de cores designadas para um determinado gráfico é chamado de paleta de cores. Um bitmap de 16 cores possui uma paleta com 16 cores possíveis, portanto, precisamos de 4 bits para poder numerar cada uma das cores. Veja o exemplo abaixo:
Decimal | Hexa | Binário | Cor |
0 | 0 | 0000 | preto |
1 | 1 | 0001 | vermelho escuro |
2 | 2 | 0010 | verde escuro |
3 | 3 | 0011 | amarelo escuro |
4 | 4 | 0100 | azul escuro |
5 | 5 | 0101 | magenta escuro |
6 | 6 | 0110 | turquesa escuro |
7 | 7 | 0111 | cinza escuro |
8 | 8 | 1000 | cinza claro |
9 | 9 | 1001 | vermelho claro |
10 | A | 1010 | verde claro |
11 | B | 1011 | amarelo claro |
12 | C | 1100 | azul claro |
13 | D | 1101 | magenta claro |
14 | E | 1110 | turquesa claro |
15 | F | 1111 | branco |
Com a paleta definida, podemos montar um bitmap sob a ótica de um programador: basta mapear a sequência de pixels atribuindo-lhes os valores das suas cores. No exemplo abaixo, o gráfico é uma área retangular de 9 x 9 pixels e mostra uma casinha. Note que as linhas são mapeadas de baixo para cima porque se trata de um DIB (device independent bitmap - bitmap independente de dispositivo), um tipo muito comum de bitmap. Na coluna "Mapeado em Hexa" encontram-se os valores da cor de cada um dos pixels de acordo com o padrão da paleta de cores. Poderíamos ter adicionado uma coluna com o mapeamento em binário o que, na verdade, seria a representação "real" do bitmap e é de onde deriva o nome deste tipo de imagem.
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