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10. Definição de Sistema Operacional
Dom 27 Mai 2007 07:41 |
- Detalhes
- Categoria: Sistemas Operacionais
- Atualização: Quinta, 03 Abril 2008 14:52
- Autor: vovó Vicki
- Acessos: 40130
O Princípio da Estética
Tão importante quanto o Princípio dos Recursos, o Princípio da Estética define um sistema operacional como sendo:
Esconder os detalhes do hardware tem dois objetivos:
- SEGURANÇA. Vimos que o sistema operacional precisa evitar a interferência acidental ou maliciosa nele mesmo e em outros processos. Certas instruções de máquina, principalmente as que paralisam a máquina e as que ocasionam transposições, precisam ser tiradas do alcance dos processos. O hardware moderno disponibiliza vários estados de processador que restringem o uso de instruções. Por exemplo, algumas arquiteturas fornecem dois estados, chamados de estado privilegiado e estado não privilegiado. Os processos rodam no estado não privilegiado. Instruções, como as que realizam transposições e as que mudam o estado do processador, criam armadilhas quando executadas no estado não privilegiado. Estas armadilhas forçam o processador a saltar para o sistema operacional e a entrar no estado privilegiado. O sistema operacional roda no estado privilegiado mas pode restringir o acesso à memória principal de modo que os processos não possam acessar livremente toda a área.
- ABSTRAÇÃO. Sistemas operacionais, assim como outros componentes de software, constroem recursos de nível mais alto (virtuais) a partir de recursos de nível mais baixo (físicos). Os detalhes das estruturas de baixo nível são escondidas e estruturas de nível mais alto são introduzidas. Do ponto de vista de um processo, a máquina física é realçada pelo sistema operacional numa máquina virtual. O realce inclui simplicidade (escondendo detalhes) e funcionalidade (introduzindo novas estruturas). O tempo (possibilidade de execução) e o espaço (memória) não parecem estar sendo compartilhados entre diversos processos, portanto a máquina virtual parece ser mais simples do que a máquina física. A interface dos processos fornece instruções adicionais que melhoram o conjunto de instruções básicas do hardware, principalmente em se tratando de transposições. A máquina virtual, portanto, é mais funcional que a máquina física.
Do ponto de vista do usuário, o sistema operacional fornece serviços que não existem na máquina subjacente. Estes serviços incluem carregar e rodar programas, rodar vários programas simultaneamente, armazenamento de dados e programas e ser incluído em redes de computadores.
Um exemplo importante do papel da estética no sistema operacional é encontrado em serviços de transposição. Dispositivos de transposição são muito difíceis de serem programados eficiente e corretamente. A maioria dos sistemas operacionais fornecem drivers de dispositivo que realizam operações de transposição para atender processos. Estes drivers também garantem que dois processos não tentem acidentalmente usar o mesmo dispositivo num dado momento. As operações fornecidas geralmente se encontram num nível muito mais alto do que as fornecidas pelo próprio dispositivo. Por exemplo, as interrupções de tarefa terminada podem ficar escondidas e/ou o sistema operacional pode bloquear processos que realizem transposições enquanto outra transposição estiver ocorrendo.
Considerações finais
Nada como trilhar o caminho já trilhado por outros. É mais fácil e o aprendizado é mais rápido. Você está achando que é muita teoria e pouco resultado prático? Pois então fique sabendo que, para projetar um sistema operacional, se não tivermos uma idéia muito clara dos elementos envolvidos e se não planejarmos cuidadosamente cada etapa do processo, a chance de sucesso é mínima. Lembre-se de que um sistema operacional é como a espinha dorsal de uma máquina... qualquer desvio, e ela não vai andar direito
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