A frente ocidental |
Lanceiro alemão com máscara de gás
Na frente ocidental continuava a guerra de trincheiras, com alguns choques de maior envergadura que somente serviram para fixar as tropas alemãs que poderiam ser utilizadas na frente russa.
- Dezembro de 1914 a Março de 1915: 1a. Batalha da Champagne, um ataque francês.
- 8 a 15 de Janeiro de 1915: A Batalha de Soissons foi outro ataque francês malsucedido.
- 10 a 12 de Março de 1915: A Batalha de Neuve Chapelle resultou em pequeno avanço inglês.
- 22 de Abril a 25 de Maio de 1915: Na 2a. Batalha de Ypres os alemães tentaram o primeiro ataque em grande escala com gases asfixiantes.
- 9 a 18 de Julho de 1915: Na região do Arras, os aliados efetuaram uma investida infrutífera na Batalha do Artois.
- 23 de Setembro de 1915: Foram lançadas simultaneamente a ofensiva franco-inglesa no Artois (batalhas de Loos e Vimy), logo detida, e a ofensiva francesa na Champagne (2a. Batalha da Champagne), em que os atacantes conseguiram atravessar a primeira linha de defesa alemã.
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A frente oriental |
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A frente de Galípoli |
- 19 de Fevereiro a 18 Março de 1915: Com o objetivo de estabelecer comunicações entre o Mediterrâneo e o mar Negro, uma armada franco-britânica tentou forçar a passagem dos Dardanelos. O bombardeio foi iniciado em 19 de Fevereiro e o principal ataque se verificou a 18 de Março, quando os aliados perderam 3 encouraçados que se chocaram contra minas. Depois este fato se retiraram, limitando-se a ataques esporádicos.
- Abril a Dezembro de 1915: Em 25 de Abril realizou-se um desembarque em dois pontos da península de Galípoli, mas, apesar dos reforços recebidos em fins de Julho, poucos progressos foram obtidos. Parte dessas forças foi desviada em princípios de Outubro para Salônica, numa tentativa de auxiliar os sérvios. O restante foi evacuado entre 18 de Dezembro e 8 de Janeiro de 1917.
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A frente palestina |
- Janeiro e Fevereiro de 1915: O canal de Suez era controlado pelos britânicos. Sua construção terminou em 1869. Este canal corre na direção norte-sul através do istmo de Suez no Egito para o Mediterrâneo no mar Vermelho. Sua importância se deve ao fato de oferecer a rota naval mais rápida entre a Europa e os países ao redor dos oceanos Índico e Pacífico. Em resumo, é o caminho mais curto entre a Grã-Bretanha e suas colônias.
Ahmed Djemal Pasha Comandante do Quarto Exército Turco
Friedrich Kress von Kressenstein (1870-1948)
O comandante do Quarto Exército Turco, Djemal Pasha, juntamente com o comandante alemão Kress von Kressenstein, conduziu uma expedição em 14 de Janeiro que saiu de Beersheba, atravesssou a península do Sinai e pretendia surpreender os britânicos para assumir o controle do canal. A responsabilidade do plano e sua execução era de Kressenstein, Djemal era o comandante da expedição.
Apesar de ser um plano quase impossível de ser realizado devido à longa caminhada pelo deserto, os turcos chegaram ao Suez e contavam com o elemento surpresa para atingir seus objetivos. No entanto, em 1 de Fevereiro, os britânicos foram alertados da presença dos turcos por um avião de reconhecimento. Djemal atacou em 2 de Fevereiro mas, no dia seguinte, foi rechassado e bateu em retirada para Beersheba.
Apesar dos turcos nunca mais terem tentado controlar o canal, acabaram forçando os britânicos a manter um contingente extremamente alto na região para garantir a sua segurança - a Força Expedicionária do Suez era composta por 25.000 homens. Estas forças britânicas estariam melhor posicionadas na campanha dos Dardanelos e sua ausência, consequentemente, contribuiu para a falha desastrosa dos aliados em Galipoli.
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A frente italiana |
Italianos entrincheirados na região do Isonzo
A Itália considerava-se desobrigada de seus compromissos da Tríplice Aliança devido ao ataque austríaco à Sérvia e manteve-se neutra no princípio da guerra. Vendo desatendidas suas reinvidicações no Trentino e na Dalmácia pelo império austro-húngaro, tomou partido da Entente pelo tratado de Londres.
- 23 de Maio 1915: A Itália declara guerra à Áustria.
- Junho de 1915: As forças italianas penetraram no Trentino, mas a sua ofensiva principal desenvolveu-se na região do Isonzo, onde tomaram Monfalcone (9 Jun) e Gradisca (11 Jun).
- Julho a Dezembro de 1915: Em 2 de Julho iniciou-se a batalha pela posse de Gorizia, prolongando-se, com lentos e custosos avanços italianos, até o começo de Dezembro, quando foi interrompida a ofensiva.
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A frente da Mesopotâmia |
Artilharia turca levando armas para Kut-el-Amara
- Agosto e Setembro de 1915: Na Mesopotâmia, os ingleses iniciaram o avanço sobre Kut-el-Amara, que foi capturada em 28 de Setembro.
- Novembro e Dezembro de 1915: Seguiu-se a derrota de Ctesifon (22-25 Nov) e a retirada britânica para Kut-el-Amara, que foi cercada pelos turcos a 7 de Dezembro.
Na Pérsia, uma revolta dos gendarmes favoráveis à Alemanha ocasionou em Novembro a invasão pelos russos, que ocuparam parte do país no ano seguinte e ali sustentaram movimentada campanha até 1918.
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A guerra colonial |
Na África Ocidental Alemã, na costa, em Janeiro, Swakopmunde é ocupada pelas forças britânicas e sul-africanas do general Botha. Em Fevereiro iniciaram a marcha para o interior. Windhoek, a capital, foi tomada em Maio e, em 9 de Julho, capitulava o Dr. Seitz, governador da colônia.
No interior do Camerum, as tropas alemãs resistiram durante todo o ano de 1915 ao avanço concêntrico das colunas invasoras.
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A guerra no mar e no ar |
A guerra no mar
O submarino comercial alemão 'Deutschland'
- Fevereiro e Março de 1915: Após os primeiros meses de conflagração, o submarino, a princípio considerado pela Alemanha apenas como arma de combate aos navios de guerra, passou a ser empregado contra a marinha mercante. Em Fevereiro de 1915 a Alemanha declarou área de guerra as águas territoriais britânicas. A ação submarina causou consideráveis perdas às nações da Entente, especialmente a Grã-Bretanha, e provocou repetidos protestos dos Estados Unidos da América e de outros países neutros, contra a perda de vidas de civis, até que em Maio de 1916 a Alemanha se comprometeu a respeitar as normas do direito internacional.
Ainda nesta época deu-se o ataque naval aos Dardanelos, seguido pelo desembarque em Galípoli, a evacuação desta península e a operação de Salônica.
- 1915: O mar Negro estava sob o domínio da frota russa, que atacava a navegação de cabotagem turca.
A guerra aérea
Anton Fokker (1890-1939) testando o mecanismo de sincronização de metralhadora
No início de 1915 ocorreram os primeiros bombardeios em maior escala. Ao mesmo tempo os beligerantes começaram a montar metralhadoras móveis nos aviões - atiravam na direção da cauda.
Ainda neste ano os alemães conquistaram a supremacia aérea lançando o Fokker, aparelho rápido armado de metralhadora fixa na proa que, por meio de um mecanismo de sincronização, atirava entre as pás da hélice, permitindo ao piloto melhor controle da pontaria.
Fokker nasceu em Kediri, na ilha de Java, e construiu seu primeiro aeroplano em 1910. Dois anos mais tarde estava com uma pequena fábrica de aviões em Wiesbaden, na Alemanha.
Com a declaração da guerra em 1914, Fokker ofereceu seus serviços para os dois lados. Os aliados recusaram, mas os alemães viram o potencial do domínio dos céus e aceitaram a oferta. Fokker acabou se naturalizando alemão.
As potências da Entente também introduziram tipos de aviões com metralhadoras fixas de proa que, no etanto, não conseguiram sobrepujar os Fokker. Nesta ocasião ficou evidente a necessidade de especialização na arma aérea e surgiram os primeiros aparelhos exclusivamente de combate.
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