A Aldeia Numaboa ancestral ainda está disponível para visitação. É a versão mais antiga da Aldeia que eu não quis simplesmente descartar depois de mais de 10 milhões de pageviews. Como diz a Sirley, nossa cozinheira e filósofa de plantão: "Misericórdia, ai que dó!"

Se você tiver curiosidade, o endereço é numaboa.net.br.

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Bronca na Aldeia

Papai Noel na crise

Sex

19

Dez

2008


20:52

(1 voto de 1.00) 


Noel


Gostaria que o final de 2008 fosse melhor, mesmo por que este ano foi um dos melhores que já tivemos. Merecíamos, assim como muitos outros países, que as forças produtivas (entenda-se, trabalhadores e empresários da indústria, do comércio e da agricultura) pudessem criar riqueza e bem-estar sem a interferência de especuladores, atravessadores e espertalhões que, além de não viverem de benefícios criados pela produção de bens e alimentos, ainda nos fizeram o favor de perverter a ordem e de inverter valores essenciais. Um exemplo emblemático é o caso do Sr. Bernard L. Madoff, um ex-chairman da Nasdaq. Com um capital inicial de apenas US$ 5.000 o bacaninha criou uma empresa que atuou por mais de 15 anos para dar um golpe de mais de US$ 50.000.000.000 - dê só uma olhada na quantidade de zeros que ele conseguiu colecionar! Cinco mil para cinco bilhões! E tudo isto usando um truque mais velho do que a minha bi-tri-tataravó - o truque da pirâmide.

Assim como Madoff, trocentos outros "experts", ricos em dinheiro, mas pobres em geração de bens, também partiram em busca do Eldorado: lucro fácil na especulação imobiliária, lucro fácil na especulação do petróleo, lucro fácil na especulação da máquina de guerra, lucro fácil numa porção de outras coisas. A máxima era "o mundo é dos espertos", só que os "espertos" esqueceram que, se os empreendedores e trabalhadores "panacas" não tivessem mais fôlego para produzir, toda esta esperteza seria o mesmo que nada!

Por conta de banqueiros (eu não disse bancários) e da falta de fiscalização das suas atividades (eu disse governos!), desembocamos nesta crise absurda deflagrada pelo senso de oportunismo de alguns. Para variar, a maioria paga pela ganância de alguns poucos. Pergunto: até quando?

Apesar de toda esta minha revolta (e também da sua, caso você tenha perdido seu emprego ou se sua empresa está à beira da falência), desejo a todos um Bom Natal, mesmo que com um Papai Noel magrinho. Pelo menos o bom velhinho não faz parte desta imensa maracutaia mundial. Aliás, nem pode, porque ele representa nosso sonho de um mundo melhor criado com muita dedicação, suor e trabalho.

vovo

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