Conjuntos
Seg 27 Jun 2005 21:00 |
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- Categoria: Matemática Numaboa
- Atualização: Segunda, 22 Fevereiro 2010 11:34
- Autor: vovó Vicki
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Coleções de objetos que têm um caráter em comum são denominados CONJUNTOS. A coleção de letras do alfabeto é um conjunto, a coleção dos números inteiros é um conjunto, seus CDs de música formam um conjunto, e por aí vai.
Vamos ver apenas alguns dos aspectos mais simples dos conjuntos. Seguem os tópicos abordados:
{faqslider} :::: ELEMENTOS ::::Cada objeto de um conjunto é chamado de ELEMENTO desse conjunto, ou seja, cada uma das letras do alfabeto é um elemento do conjunto alfabeto, cada CD da sua coleção é um elemento do conjunto CD.
Um dos campos onde os conjuntos têm grande importância é a criptografia, pois ela lida com conjuntos de letras, símbolos, números, bits, etc.
:::: :::: REPRESENTANDO CONJUNTOS ::::Geralmente o conjunto é indicado por uma letra maiúscula e seus elementos por letras minúsculas. Os elementos são enumerados entre chaves e separados por vírgulas. Para escrever "matematicamente" o conjunto das vogais de acordo com a convenção adotada temos:
Um conjunto fica bem determinado quando se conhece uma característica P dos seus elementos, isto é, uma propriedade que todos os elementos do conjunto, e SÓ eles, possuem. Por meio desta propriedade P é fácil reconhecer se determinado elemento pertence ou não ao conjunto. Neste caso, separamos a descrição da propriedade através de um traço vertical, cujo significado é "tal que":
A terceira forma de representar o conjunto das vogais é através de um diagrama. O diagrama abaixo é conhecido como Diagrama de Venn, do matemático inglês John Venn (1834-1923), e indica que todos os pontos no interior de uma linha fechada que não se entrelaça pertencem a determinado conjunto:
Para indicar que a vogal 'a' pertence ao conjunto V escrevemos a V. Para dizer que a consoante 'm' não pertence ao conjunto V, dizemos que m V.
Um conjunto que possui um único elemento é chamado de conjunto unitário. Um conjunto que não possui elementos é chamado de conjunto vazio e é representado por {}.
SUBCONJUNTOS
Dizemos que um conjunto A é subconjunto de B se todos os elementos de A também pertencerem ao conjunto B. É o mesmo que afirmar que A está contido em B. Por exemplo, no conjunto de todos os seus CDs existem vários CDs dos Beetles. Neste caso, o subconjunto dos CDs dos Beetles está contido no conjunto dos seus CDs.
Da mesma forma, o conjunto das vogais V está contido no conjunto A que contém todas as letras do alfabeto, então {a, e, i, o, u} {a, b, c, d,... , z}
:::: :::: OPERAÇÕES COM CONJUNTOS ::::Podemos unir (somar), fazer a intersecção (comparar) e fazer a diferença (subtrair) de elementos de dois ou mais conjuntos.
Tomemos os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {3, 5, 6, 7} como base para as operações:
A União de Conjuntos
A UNIÃO dos conjuntos A e B é um novo conjunto contendo todos os elementos de A e B, ou seja, A B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}.
A Intersecção de Conjuntos
A INTERSECÇÃO dos conjuntos A e B resulta num novo conjunto contendo apenas os elementos que são comuns, ou seja, A B = {3, 5}.
A Diferença de Conjuntos
A DIFERENÇA de B com A resulta num novo conjunto contendo os elementos de B que não pertençam a A, ou seja, B - A = {6, 7}.
EQUIVALÊNCIA DE CONJUNTOS
Dois conjuntos são considerados equivalentes quando podem ser colocados numa correspondência de um-para-um, ou seja, para cada elemento do primeiro conjunto há um elemento correspondente no segundo conjunto.
:::: :::: CONJUNTOS FINITOS E INFINITOS ::::Conjuntos finitos possuem um número conhecido de elementos. Conjuntos finitos equivalentes (veja acima) possuem o mesmo número de elementos.
Um conjunto infinito é um conjunto equivalente a um subconjunto próprio dele mesmo. Aiiii :confused: - esta doeu! Por exemplo, o conjunto dos números inteiros é um conjunto infinito equivalente ao conjunto dos números inteiros pares - um subconjunto próprio dele mesmo. A função f(n)=2n é uma função um-para-um de todos os inteiros para os inteiros pares.
Esta definição tem algumas consequências curiosas. Por exemplo, imagine um hotel com um número infinito de apartamentos numerados 1, 2, 3, 4, ..., e que esteja lotado (todos os apartamentos têm hóspedes). Mesmo neste caso ainda existe um apartamento para um novo hóspede! Tudo o que precisamos fazer é mudar cada hóspede para o apartamento seguinte (1 vai para 2, 2 para 3, ..., n para n+1). Na realidade, mesmo estando lotado, este hotel ainda possui vagas para todos os que já estejam hospedados. Apenas precisamos mudar 1 para 2, 2 para 4, 3 para 6, ..., n para 2n para liberar os apartamentos 1, 3, 5,...
O final da história é que "o número de" elementos num conjunto infinito (sua cardinalidade) não se comporta como o de um conjunto finito.
Conjuntos infinitos são divididos em dois tipos: enumeráveis e não enumeráveis.
Os conjuntos infinitos enumeráveis (contáveis) são aqueles que são equivalentes a um subconjunto de números inteiros. Não há dúvida de que os números inteiros positivos, os números primos e os compostos, sejam contáveis. Da mesma forma, os números racionais, o conjunto de polinômios com coeficientes inteiros e até mesmo os números algébricos são enumeráveis.
Os conjuntos não enumeráveis (não contáveis) incluem os números reais, complexos, irracionais, transcendentais e o conjunto das potências de qualquer conjunto infinito enumerável.
:::: {/faqslider}CONJUNTOS NA CRIPTOLOGIA
M | Conjunto de todos os textos originais (mensagens) possíveis |
C | Conjunto de todos os textos cifrados possíveis |
K | Conjunto de todas as chaves possíveis |
Além disso, para cada chave k K corresponde uma regra de encriptação e uma regra de decifração, que podem ser expressas por:
Regra de Encriptação (e) | ek : M -> C | ou | Ek(M) = C |
Regra de Decifração (d) | dk : C -> M | ou | Dk(C) = M |