Babel dos Garranchos
A Palete de Narmer
Qua 24 Ago 2005 03:49 |
- Detalhes
- Categoria: A escrita
- Atualização: Segunda, 13 Abril 2009 00:24
- Autor: vovó Vicki
- Acessos: 9190
A Palete de Narmer, ou a Palete da Grande Hierakonpolis, é um achado arqueológico egípcio da maior importância. Datada de 3200 a.C., ela contém algumas das inscrições hieroglíficas mais antigas que se conhece e já foi chamada de "o primeiro documento histórico do mundo" porque conta a história da unificação do Alto e do Baixo Egito.
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A palete, que sobreviveu intacta, foi descoberta pelo arqueologista britânico James E. Quibell em 1894, quando escavava residências reais em Nekhen (hoje Hierakonpolis), a capital pré-dinástica do Alto Egito. As paletes eram usadas como adornos, mas esta era muito grande e pesada para ter tido um uso particular e, provavelmente, se trata de um objeto de um templo.
A pedra plana, de cerca de 64 cm de largura e entalhada em ambos os lados, possui no topo serekhs (retângulos estilizados que contêm o nome Horus dos faraós) onde se vê os símbolos n'r e mr, a representação fonética do nome de Narmer, além de cabeças bovinas com faces humanas, que representam a vaca divina Bata. Narmer usa a coroa branca do Alto Egito e a coroa vermelha do Baixo Egito, simbolizando a unificação dos "dois países".
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A divindade Bata
Observe no topo as cabeças bovinas mostradas na Fig.2. Outros detalhes, como o rei brandindo a sua arma sobre a cabeça do inimigo vencido e o falcão Horus do seu lado direito dando-lhe a legitimidade de um verdadeiro faraó, contam a história da unificação. Uma história em quadrinhos esculpida em pedra há mais de 5.000 anos e o documento mais antigo da origem da escrita.
A Palete de Narmer se encontra atualmente no Museu Egípcio de Cairo.