Criptografia Numaboa
A Linha do Tempo da Criptografia atual
Qua 31 Ago 2005 23:18 |
- Detalhes
- Categoria: História da Criptologia
- Atualização: Quarta, 22 Abril 2009 10:57
- Autor: vovó Vicki
- Acessos: 26995
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Substituição polialfabética e máquinas cifrantes. Estatística e Criptoanálise. | |||
1927 a 1933 | O uso da criptografia não estava restrito a banqueiros, aficcionados ou pesquisadores. Cada vez mais os criminosos, especialmente os contrabandistas, usam a criptografia para os seus propósitos. Kahn diz que "A maior era de contrabando internacional criou a maior era de criptografia criminosa". Nestes dias, o FBI instalou um escritório de criptoanálise para lidar com o problema, localizado na 215 Pennsylvania Avenue SE, Washington DC. "Um comandante da Marinha Real, tenente aposentado, inventou os sistemas para as operações no Pacífico da Consolidated Exporters. Seus grupos do Golfo e do Atlântico, contudo, desenvolveram sistemas próprios. Seu nome era desconhecido, porém sua capacidade criptográfica era evidente. Os sistemas dos contrabandistas tornaram-se gradativamente mais complexos." (Kahn) "Alguns dos sistemas são de uma complexidade nunca antes aplicada por qualquer governo nas suas comunicações mais secretas", escreveu Elizebeth Smith Friedman num relatório em meados da década de 1930. Cabe a Elizabeth Smith Friedman, esposa de William Friedman, decifrar os códigos dos contrabandistas de rum na vigência da lei seca. O problema persiste e, segundo Kahn, "Em nenhum momento durante a Segunda Guerra Mundial, quando os métodos de comunicação secreta alcançaram seu maior desenvolvimento, foram usadas ramificações tão intrincadas quanto as encontradas em algumas correspondências dos navios que transportavam rum na costa oeste". |
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Anos 1930 | A máquina SIGABA (M-134-C) é inventada nos EUA por William F. Friedman. Deavours atribui a idéia a Frank Rowlett, um dos primeiros contratados por Friedman. Os rotores de Hebern e Scherbius foram aperfeiçoados usando escalonamentos pseudo-randômicos de múltiplos rotores em cada passo da cifragem ao invés dos escalonamentos uniformes, do tipo odômetro, dos rotores da Enigma. Além disso, usava 15 rotores (10 para a transformação de caracteres e 5, provavelmente, para controlar os passos) no lugar dos 3 ou 4 rotores da Enigma. | ||
A máquina inglesa TYPEX era uma imitação da Enigma comercial adquirida pelos britânicos em 1920 para estudos. Era uma máquina de 5 rotores, dos quais os dois primeiros eram "stators" (estáticos) cuja função era a mesma do painel de plugs da Enigma alemã. | |||
1933 a 1945 | A máquina Enigma não foi um sucesso comercial, porém foi aperfeiçoada até se transformar na ferramenta criptográfica mais importante da Alemanha nazista. O sistema foi quebrado pelo matemático polonês Marian Rejewski, que se baseou apenas em textos cifrados interceptados e numa lista de três meses de chaves diárias obtida através de um espião. Alan Turing, Gordon Welchman e outros, em Bletchley Park, Inglaterra, deram continuidade à criptoanálise do sistema Enigma. | ||
1937 | A Máquina Púrpura (Purple Machine) dos japoneses foi inventada a partir das revelações feitas por Herbert O. Yardley. Seu sistema foi quebrado por uma equipe liderada por William Frederick Friedman. A Máquina Púrpura usava relês telefônicos escalonados ao invés de rotores, apresentando, portanto, permutações totalmente diferentes a cada passo ao invés das permutações relacionadas a um rotor em diferentes posições. Os japoneses não foram capazes de quebrar os códigos dos EUA e imaginavam que seu próprio código também fosse inquebrável - não foram suficientemente cuidadosos ao ignorarem a regra número 1 da criptoanálise "o inimigo sempre conhece o sistema". |
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1943 | Colossus, um computador para quebrar códigos, é posto em ação no Bletchley Park, o centro de estudos criptológicos da Inglaterra. | ||
1943 a 1980 | O projeto criptográfico Venona, conduzido pela NSA (National Security Agency) dos EUA, é o mais duradouro dos projetos deste tipo. | ||
1948 | Claude Elwood Shannon (1916-2001), um dos primeiros criptólogos a introduzir a matemática na criptologia, publica seu livro A Communications Theory of Secrecy Systems. | ||
Os computadores mudam radicalmente o cenário. | |||
Década 1960 | O Dr. Horst Feistel (1915-1990), liderando um projeto de pesquisa no IBM Watson Research Lab, desenvolve a cifra Lucifer. Alguns anos mais tarde, esta cifra servirá de base para o DES e outros produtos cifrantes, criando uma família conhecida como "cifras Feistel". | ||
1969 | James Ellis desenvolve um sistema de chaves públicas e chaves privadas separadas. |