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Criptografia Numaboa

al-Kindi

Dom

19

Jun

2005


21:00

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al Kindi
al Kindi (801 - 873)

Apesar de não se saber quem foi o primeiro a perceber que a variação na frequência de letras poderia ser explorada para se quebrar cifras, a descrição mais antiga de que se tem conhecimento e que descreve esta técnica data do século IX e é devida ao cientista Abu Yusuf Ya 'qub ibn Is-haq ibn as-Sabbah ibn 'omran ibn Ismail al-Kindi.

Conhecido como o filósofo dos árabes, al-Kindi foi o autor de 290 livros sobre medicina, astronomia, matemática, linguística e música. No entanto, seu maior tratado, que foi redescoberto apenas em 1987 no Arquivo Sulaimaniyyah Ottoman em Istambul, na Turquia, é intitulado "Um Manuscrito sobre Decifração de Mensagens Criptográficas".

QUEBRANDO CIFRAS DE SUBSTITUIÇÃO

texto em Árabe
Manuscrito de al-Kindi

Ao lado está a primeira página do manuscrito de al-Kindi, "Decifração de Mensagens Criptográficas", contendo a mais antiga descrição de criptoanálise utilizando a análise de frequência de ocorrência de letras. Devido a este fato, al-Kindi pode ser considerado o bisavô da Estatística.

As cifras de substituição monoalfabética pareciam inquebráveis devido ao número muito grande de chaves possíveis. Entretanto, havia uma fraqueza que minava sua segurança e a quebra deste tipo de cifra marca o nascimento da criptoanálise. Tal fato ocorreu durante os anos dourados da civilização islâmica, quando muitos manuscritos estrangeiros foram levados para Bagdá para integrarem as grandes bibliotecas. Alguns destes manuscritos estavam encriptados, o que motivou os arrombadores de códigos a quebrarem as cifras para descobrirem os segredos que continham.

As letras "A" e "I" são as mais comuns em Árabe. No Inglês, as letras mais comuns são o "E", o "T" e o "A". Já no Português, as mais frequentes são "A", "E", "O" e "S".

Para maiores detalhes sobre as características do Português leia o texto "Frequência da Ocorrência de Letras no Português do Brasil" (clique no item Criptoanálise do menu Criptografia).

Se uma mensagem é cifrada de modo que cada letra seja substituída por uma outra, então a nova letra assumirá todas os atributos da letra original, inclusive a frequência com que é utilizada. Desta forma, se a mensagem estiver em Português e se a letra mais comum na mensagem cifrada for G, então G provavelmente representa A. Se a segunda letra mais frequente na mensagem cifrada for W, então a probabilidade de que esteja substituindo o E é bastante grande, e assim por diante.

Fontes
  • "Cracking the Substitution Cipher" de Simon Singh.
  • "Zur Frühgeschichte der Kryptologie" de Klaus Pommerening.
  • Procure as referências nos Links da Aldeia.
  • Tradução e Compilação: vovó Vicki.

Texto publicado pela primeira vez na Aldeia em 20 de Outubro de 2002.

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