O Calendário Juliano
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Seg 8 Ago 2005 03:41 |
- Detalhes
- Categoria: Calendários
- Atualização: Segunda, 29 Agosto 2005 23:12
- Autor: vovó Vicki
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O Calendário Juliano foi introduzido por Júlio César em 45 a.C. Antes disso, os romanos usavam um calendário, o chamado Calendário Romano, que era uma verdadeira bagunça (para não dizer uma piada 
)
O calendário de Rômulo
O primeiro calendário romano é atribuído a Rômulo (753 a 717 a.C.). Tinha 304 dias divididos em 10 meses. Mas a divisão era muito estranha - o número de dias de cada mês variava de 16 a 36 dias. Como era difícil conviver com este calendário exótico, os meses acabaram ficando com 30 ou 31 dias e foram chamados de Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quintilis, Sextilis, September, October, November e December. Os 61 dias que faltavam para completar o ano não tinham nomes e não entravam no calendário.
O calendário romano
O ano romano se iniciava no dia primeiro de Março e ainda tinha os 304 dias originais distribuídos nos mesmos 10 meses. Estes 304 dias eram seguidos por um período de inverno que não tinha nome e sem os dias numerados. O rei romano Numa Pompilius, que, segundo alguns, viveu de 715 a 673 a.C., parece ter sido quem introduziu os meses de Februarius e Januarius (nesta ordem!) entre December e Martius. Foi apenas em 450 a.C. que os meses de Janeiro e Fevereiro foram invertidos.
Os romanos eram extremamente supersticiosos e, entre outras coisas, acreditavam que os números pares eram números fatídicos. Resolveram então transformar os meses de 30 dias em meses de 29 dias e o ano encolheu novamente - passou a ter 354 ou 355 dias! Para corrigir o ano do calendário com o ano solar, criou-se um décimo terceiro mês, chamado de Intercalaris ou Mercedonius, introduzido conforme uma regra meio complicada sobre a qual existem várias opiniões. Em todo caso, os anos passaram a ter 355, ou 377, ou até mesmo 378 dias.
Os responsáveis pelo calendário eram os pontífices que, parte por ignorância, parte por safadeza, encurtavam ou encompridavam os anos para atender interesses de amigos e políticos. É que, como podiam manipular o calendário, também tinham em suas mãos o poder de definir as datas das investiduras dos cônsules. Não foi por acaso que acabaram perdendo o controle sobre o calendário e, em pouco tempo, estabeleceram um verdadeiro caos de datas.
O Calendário Juliano
Em 45 a.C., o imperador romano Júlio César resolveu botar a casa em ordem. Convocou o astrônomo Sossígenes para assessorá-lo e, entre outras providências, estabeleceu que o ano teria 365 dias com um dia adicional a cada quatro anos, o que fez com que houvesse uma defasagem de apenas 1 dia a cada 128 anos. Decretou que o ano se iniciasse em Januarius e que a calendas januaris (primeiro de Janeiro) coincidisse com a primeira Lua Nova depois do solstício de inverno (em Roma, porque aqui no hemisfério Sul é o solstício de verão).
No ano seguinte, Júlio César foi assassinado e decidiu-se homenagear o grande César trocando o nome de Quintilis por Julius. Mas nem tudo correu como se esperava. Os pontífices, encarregados de regular o calendário e de observarem a lei, erraram novamente e criaram a cada 3 anos um ano bissexto. Apenas depois de 37 anos é que se deram conta da lambança e tiveram que correr atrás do prejuízo. César Augusto, sucessor de Júlio César, decretou então que não se fizessem bissextos os três anos seguintes que deveriam sê-lo e, a partir de então, as datas ficaram mais ajustadas ao ano solar. Ganhou de presente um mês com o seu nome e Sextilis passou a se chamar Augustus.
Fontes
Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro - A origem do nosso calendário.
Calendars through the Ages - The Christian calendar.