Medidas do Tempo
Ter 9 Ago 2005 00:46 |
- Detalhes
- Categoria: Astronomia
- Atualização: Segunda, 25 Janeiro 2010 01:00
- Autor: vovó Vicki
- Acessos: 21037
Fusos horários
De acordo com a definição de tempo civil, lugares de longitudes diferentes têm horas diferentes porque têm meridianos diferentes. Inicialmente, cada nação tinha a sua hora, que era a hora do seu meridiano principal. Por exemplo, a Inglaterra tinha a hora do meridiano que passava por Greenwich, a França tinha a hora do meridiano que passava por Paris. Como as diferença de longitudes entre os meridianos escolhidos não eram horas e minutos exatos, as mudança de horas de um país para outro exigiam cálculos incômodos. Para evitar isso, adotou-se o convênio internacional dos fusos horários.
Cada fuso compreende 15 graus e corresponde a 1 hora. Fuso zero é aquele cujo meridiano central passa por Greenwich. Os fusos variam de 0h a +12h para leste de Greenwich e de 0h a -12h para oeste de Greenwich. Todos os lugares de um determinado fuso, apesar de não estarem exatamente sobre o meridiano do fuso, têm a hora do meridiano central do fuso.
- Hora legal: é a hora civil do meridiano central do fuso.
- -2h: arquipélago de Fernando de Noronha.
- -3h: estados do litoral, Minas, Goiás, Tocantins e parte oriental do Pará.
- -4h: parte ocidental do Pará, parte oriental do Amazonas, Mato Grosso do Norte e Mato Grosso do Sul.
- -5h: parte ocidental do Amazonas e Acre.
- Tempo Atômico Internacional: desde 1967, quando um segundo foi definido como 9.192.631.770 vezes o período da luz emitida pelo isótopo 133 do Césio, no nível fundamental, passando do nível hiperfino F=4 para F=3, se usa o TAI, dado por uma média de vários relógios atômicos muito precisos. Hoje em dia se usa a transição maser do hidrogênio, ainda mais precisa. O TAI varia menos de 1 segundo em 3 milhões de anos. Mas existem objetos astronômicos ainda mais precisos, como a estrela anã branca G117-B15A, cujo período de pulsação ótica varia menos de 1 segundo em 10 milhões de anos, e pulsares em rádio, ainda mais precisos.
Obsevando a fig 1.2 constata-se que o Brasil abrange quatro fusos horários:
Eras
Sob a perspectiva astronômica, uma era zodiacal, como a Era de Aquarius, é definida como o período em anos em que o Sol, no dia do equinócio vernal (março), nascer naquela constelação - por exemplo, Áries, Peixes ou Aquário. Com o passar dos séculos, a posição do Sol no equinócio vernal, vista por um observador na Terra, parece mudar devido ao movimento de Precessão dos Equinócios, descoberto por Hiparcos e explicado teóricamente por Newton como sendo devido ao torque causado pelo Sol no bojo da Terra e à conservação do momentum angular.
A área de uma constelação é definida por uma borda imaginária que a separa no céu das outras constelações. Em 1929, a União Astronômica Internacional definiu as bordas das 88 constelações oficiais, publicadas em 1930 em um trabalho entitulado Delimitation Scientifique des Constellations. A borda estabelecida entre Peixes e Aquário coloca o início da Era de Aquário em 2600 d.C.
Calendários
Desde a Antiguidade existem dificuldades na criação de um calendário, pois o ano (duração da revolução aparente do Sol em torno da Terra) não é um múltiplo exato da duração do dia ou da duração do mês. Os Babilônios, Egípcios, Gregos e Maias já tinham determinado essa diferença. É importante distinguir dois tipos de anos:
- Ano sideral, que é o período de revolução da Terra em torno do Sol em relação às estrelas. Seu comprimento é de 365,2564 dias solares médios, ou 365d 6h 9m 10s.
- Ano tropical, que é o período de revolução da Terra em torno do Sol em relação ao Equinócio Vernal, isto é, em relação ao início da estações. Seu comprimento é 365,2422 dias solares médios, ou 365d 5h 48m 46s. Devido ao movimento de precessão da terra, o ano tropical é levemente menor do que o ano sideral. O calendário se baseia no ano tropical.
Mais detalhes sobre os calendários em geral você encontra nos textos reunidos sob o título Calendários.
Fontes
Reprodução parcial de "Medidas de Tempo", de Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Fátima Oliveira Saraiva, da UFRGS. O texto completo você encontra em Medidas de Tempo.
Texto publicado pela primeira vez na Aldeia NumaBoa em 27 de setembro de 2003.
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