A Aldeia Numaboa ancestral ainda está disponível para visitação. É a versão mais antiga da Aldeia que eu não quis simplesmente descartar depois de mais de 10 milhões de pageviews. Como diz a Sirley, nossa cozinheira e filósofa de plantão: "Misericórdia, ai que dó!"

Se você tiver curiosidade, o endereço é numaboa.net.br.

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A mídia, o sexo e a aids

Qui

16

Abr

2009


21:44

(1 voto de 5.00) 


Assistindo à Record News no ano passado vi um comercial que me deixou chocado, me perguntando se é melhor mesmo podar os galhos ao invés de arrancar a raiz da erva-daninha. Era de uma campanha de prevenção à AIDS. A mulher, infectada com o HIV, dizia contraí a doença em uma relação estável de 14 anos porque não usei camisinha; cuide-se, use camisinha. Que exatamente se está dizendo aí?

Tá. O marido dela não foi fiel. O sujeito é um assassino suicida. Condenou-se e levou a mulher, que é fiel, com ele. Ela quer que outras mulheres não passem pela mesma crueldade. E tem razão. Mas a campanha não deveria ser pela fidelidade conjugal? Ou isso já virou assumidamente utopia?

Além de assumir nas entrelinhas a festa (a infidelidade está assumida, todo mundo liberado, use camisinha em casa também porque não se sabe se o seu parceiro usou fora de casa), faltou uma sugestão de como não extinguir a humanidade precavida... ou gravidez só com fertilização in vitro, e após verificar que o embrião não está contaminado?

Eu já andei escrevendo por aqui sobre o quanto as relações estão institucionalizadas, sobre o quanto relações íntimas estão acontecendo com distância emocional e outros fatos que desumanizam gente. E esse negócio de assumir que sexo é pra qualquer um e com qualquer um em qualquer idade e que o único sinal de inteligência necessário pra fazer sexo é se proteger com camisinha não pode ir pra um bom lugar, é mais uma fria daquela desumanização.

Não sou de ficar colocando dados científicos ou estatísticos neste blog, mas dessa vez vale bem uma exceção. Exemplos rápidos de resultados em ações diferentes, ambos no berço da AIDS, a África: Uganda partiu pra uma campanha pró-abstinência sexual de solteiros e fidelidade conjugal, e reduziu índice de contaminação por AIDS de 29% para 4% em apenas dez anos. Isso mesmo, de 29% para 4% em dez anos. Botswana e África do Sul distribuíram camisinhas e propagaram seu uso, na mesma época. Botswana está com um índice de infecção de 37% e África do Sul de 22%. A África do Sul agora resolveu propagar a abstinência sexual nas campanhas de prevenção. Uma estatística de casais fiéis felizes poderia trazer mais resultados que dizer para adolescentes nas escolas que vá transar mas plastifique primeiro.

Eu já falei por aqui também desse vício do povo de tratar sintomas e não causas.  Ao invés de vamos consertar, dá-lhe vamos remediar. E remendo novo em vestido velho rasga o tecido, já dizia Jesus há mais de dois mil anos...

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