A Aldeia Numaboa ancestral ainda está disponível para visitação. É a versão mais antiga da Aldeia que eu não quis simplesmente descartar depois de mais de 10 milhões de pageviews. Como diz a Sirley, nossa cozinheira e filósofa de plantão: "Misericórdia, ai que dó!"

Se você tiver curiosidade, o endereço é numaboa.net.br.

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Quem é O profissional do software?

Qui

19

Jun

2008


19:57

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Convergência. Palavra que se lê e ouve em todo canto, e que avisa que tudo está ficando digital, da certidão de nascimento às telenovelas, da enciclopédia à música, da fotografia à telefonia (é, levar no bolso um telefone que tira fotografias, toca músicas, faz pesquisa na wikipedia, permite assistir à TV e acessa o cartório é muito pra cabeça mas tá aí). A chamada Revolução Digital transforma o mundo de maneira tão profunda quanto o transformou a Revolução Industrial (imagino eu, pois não tava lá pra ver) beirando o início do século XX com suas automatizações a vapor (ei, Sr. Ford e sua linha de montagem), seus motores a combustão e a eletricidade que mudou o modo de viver de toda a humanidade. Mas quero falar aqui de um personagem importantíssimo desta revolução, e da revolução que ele próprio sofre em ciclo de retroalimentação: o software (é, taí em itálico porque é palavra britânica citada em texto português[?] por não existir similar nativo afinal, programa de computador nunca vai querer dizer a mesma coisa, até porque não roda mais só em computadores, dada a onda de embarcados em máquinas fotográficas, agendas, televisões e sabe Deus onde mais vai).

Enfim, do software: desde o nascimento este já é um elemento interessante, porque não tem como não ser multidisciplinar. Das ciências exatas, o seu desenvolvimento é engenharia, merecidamente matemática em toda a sua exatidão, mas a que mais carrega gordurosamente, muito mais que a própria física, um recheio de filosofia, com seus if's e lógica booleana (talvez por isso eu conheça tantos programadores chegados aos questionamentos existenciais, e talvez por isso jovens nerds computólogos concebam algo tão bem elaborado como Matrix, o filme, que costura, em uma trama de ação, Revolução Digital, filosofia e religião em um tecido de idéias seletas fino e legítimo digno de qualquer grande pensador). E pra deixar mais divertido, com as interfaces gráficas, ícones, interação por movimentos de mouse e cliques, e a popularização do uso dos computadores por gente que não tá nem aí pros computadores, o software ganha necessidade de ergonomia (tipo dar um uso útil e pertinente à rodinha do mouse), design e adequação a público-alvo. Ops! Acho que estamos falando de outra ciência... que tal projeto de produto? Pois é, mas não acabou dado que dificilmente alguém constrói um programa para ser rodado em uma máquina isolada, uma vez que computador virou sinônimo de acesso à rede, e se software é algo que tende a estar conectado à mãe das mídias (que deveria ser filha, mas por causa da convergência virou a mãe até das avós), pode ser também comunicação de massas, ou até melhor que isso, comunicação dirigida.

Já sacou por que comecei o texto com convergência? Não sei se digo que o software convergiu pra muitas ciências, ou se tem ciências demais convergindo para o digital, mas a questão que levanto é quanta ciência é necessária para desenvolver software de verdade, de qualidade? Ou, mais simples, quem é que deve fazer programas (para computador, pra telefone, e pra TV [gostou do trocadilho?])? É divertido ver o povo do Desenho Industrial entrando em cursos rápidos de programação PHP pra aprender a trabalhar como webdesigner (taí outra palavrinha britânica sem similar nativo, afinal desenvolvedor de páginas para internet nunca vai dizer a mesma coisa, e internet já é palavra abdusida). Não tô criticando, apóio essa idéia, é bem por aí... Acho que o desenvolvedor real é aquele meio que um sacerdote dessa era virtual... como aqueles missionários que precisavam das formações em Filosofia, Teologia, Antropologia, Transcultural e o escambau pra serem considerados aptos a evangelizar um povo não-alcançado, o sujeito tem que estar letrado nas Humanas e nas Exatas para, ao mesmo tempo em que constrói máquinas virtuais e sistemas de gestão de informação, tirar o melhor proveito e conversar em paz com o meio, a mensagem e o público-alvo que agora também se chama usuário, nesse novelo digital gigante de comunicação e relacionamento. Ou monta uma equipe multidisciplinar vou avisando que em Babel não deu certo.

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