Babel dos Garranchos

A Palete de Narmer

Qua

24

Ago

2005


03:49

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A Palete de Narmer, ou a Palete da Grande Hierakonpolis, é um achado arqueológico egípcio da maior importância. Datada de 3200 a.C., ela contém algumas das inscrições hieroglíficas mais antigas que se conhece e já foi chamada de "o primeiro documento histórico do mundo" porque conta a história da unificação do Alto e do Baixo Egito.

Palete de Narmer
Fig.1 - A Palete de Narmer

A palete, que sobreviveu intacta, foi descoberta pelo arqueologista britânico James E. Quibell em 1894, quando escavava residências reais em Nekhen (hoje Hierakonpolis), a capital pré-dinástica do Alto Egito. As paletes eram usadas como adornos, mas esta era muito grande e pesada para ter tido um uso particular e, provavelmente, se trata de um objeto de um templo.

A pedra plana, de cerca de 64 cm de largura e entalhada em ambos os lados, possui no topo serekhs (retângulos estilizados que contêm o nome Horus dos faraós) onde se vê os símbolos n'r e mr, a representação fonética do nome de Narmer, além de cabeças bovinas com faces humanas, que representam a vaca divina Bata. Narmer usa a coroa branca do Alto Egito e a coroa vermelha do Baixo Egito, simbolizando a unificação dos "dois países".

Bata
Fig.2 - Bovinos com face humana
A divindade Bata

Observe no topo as cabeças bovinas mostradas na Fig.2. Outros detalhes, como o rei brandindo a sua arma sobre a cabeça do inimigo vencido e o falcão Horus do seu lado direito dando-lhe a legitimidade de um verdadeiro faraó, contam a história da unificação. Uma história em quadrinhos esculpida em pedra há mais de 5.000 anos e o documento mais antigo da origem da escrita.

A Palete de Narmer se encontra atualmente no Museu Egípcio de Cairo.

Fontes e imagens
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