O show de Truman

Sex

25

Jun

2010


03:48

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Eu gostava de passar em um brechó que tinha na rua Visconde de Nacar, em Curitiba, sempre que saía da aula, no tempo do colegial. Eu e mais dois amigos que também curtiam o estilo daquela loja chegávamos a perder horas olhando bugigangas que nunca compramos. Só pelo prazer de garimpar objetos estilosos que não são comuns. Hoje ainda faço isso meio que sem querer quando sento pra trabalhar. De repente estou eu em sites de comércio eletrônico observando as novidades da tecnologia ou até objetos estilosos, sempre com os olhos atentos ao incomum. Bem de vez em quando até dou uma clicada no botão vermelho e dou trabalho pros correios, além de dar uma aumentadinha na minha fatura do cartão de crédito – mas só quando a oferta vale.

Meu avô, que sempre gostou muito de viajar, gostava tanto quanto de assistir televisão. Um dia soltou uma de conformado, disse que já não era preciso viajar porque a televisão trazia o mundo à sala de casa. Eu não fui muito na onda dele, não, mas de repente me sinto como se tivesse adaptado a realidade dele à minha, aperfeiçoando a teoria na interação da internet – eis que estou viajando sem sair do lugar, fechado com essa luz do monitor na minha cara. O que me assusta é que o mundo vai tomando um jeitão que estimula o povo a viajar parado. Violência nas ruas, trânsito complicado, tempo escasso entre atividades demais, parece que tudo existe para incentivar que você não saia daí onde está – enquanto isso o mundo parece estar a um clique do seu mouse, logo ali após o dáblio, dáblio, dáblio, ponto. Todo mundo tá virando um monte de Trumans (será por isso a webcam no notebook?).

 

Ainda bem que bilhetes de passagem também podem ser comprados pela internet. Boa viagem!

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