Macacos e alfaces

Qui

17

Jul

2008


23:18

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Semana passada, entre aquelas muitas mensagens com anexos do tipo apresentação de slides, ou Powerpoint, para os mais adeptos do senso comum (é dele mesmo que quero falar hoje, do senso comum, não do Powerpoint), alguém me mandou de novo aquela história do paradigma dos macacos: um cientista colocou cinco macacos e um cacho de bananas em uma jaula e molhava todos os macacos sempre que um deles tentava pegar as bananas. Depois de um tempo, quando um macaco tentava pegar o cacho de bananas, os outros batiam nele para escapar do banho gelado. O cientista então substituiu um dos macacos. O macaco novo, quando tentou pegar bananas, apanhou. Então o cientista substituiu outro macaco. Mesma coisa, e inclusive o primeiro macaco substituto ajudou a bater no segundo quando este tentou alcançar as amarelinhas. Trocou outro macaco. E outro. E outro. Logo, a jaula só tinha macacos que nunca foram molhados, no entanto continuavam batendo em quem tentasse pegar bananas. Tem uma versão vídeo desse arquivo lá no youtube (veja abaixo), mas em espanhol.

Eu costumo dizer que a essência que faz do ser humano uma criatura à imagem e semelhança de seu criador e não meramente uma obra, ou seja, aquilo que é característica de Deus, está naquilo em que gente difere de bicho. Mas como pessoas deixam-se acomodar nas semelhanças! Tanto quanto os macacos batiam no colega que tentasse pegar a banana sem motivo algum, rezou a etiqueta até o final do século XX que não se cortasse alface no prato. Se veio cortada, divirta-se. Se veio inteira, faça uma trouxinha com os talheres e enfie tudo na goela, que é mais elegante do que cortar. De repente alguém se deu conta de que não havia motivo para isso. Pelo menos, não mais. Há muito tempo atrás, era uma vez, once upon a time, talheres não eram de aço inoxidável e preteavam a alface no corte. Para não dar uma impressão ruim na hora de comer a folha, recomendava-se não cortá-la. Por que mesmo continuou sendo feio cortar a salada?

Eita, que quanta coisa todo mundo faz o tempo todo sem se perguntar o porquê. Não queria citar o Steve Jobs de novo, porque daqui a pouco vou ter que cobrar da Apple por tanto merchandising, mas o mundo precisa muito de gente assim! Se não entende de que estou falando, leia o artigo escolha, o problema é a escolha nesse blog. Olho para o lado, vejo meu colega trabalhando com um Macbook Pro, mexendo no touchpad ora com um dedo, ora com dois, ora com três, e mudando a função do bicho de acordo com a quantidade e a direção dos dedos. Há quantos anos existe esse dispositivo mesmo? E até hoje ninguém tinha visto que ele não precisava ser só um mouse chato (hum, deu um duplo sentido aqui, sem querer). Agora todos os outros fabricantes vão copiar a criação da Apple, e usar notebook vai significar usar trackpad multi-touch. Até alguém perceber que dá pra ser de outro jeito.

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